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Em busca da circularidade perfeita

Transição da economia linear para circular demanda inovações da indústria química

Por Thaize Schmitz, diretora de Inovação, Novos Negócios, Marketing e Sustentabilidade do Grupo Flexível

A indústria química é provedora de soluções e está na base de todos os setores industriais, como agricultura, bens de consumo, construção civil, higiene, medicamentos, entre outros, desenvolvendo produtos que contribuem para a saúde e qualidade de vida das pessoas.

Por meio da iniciativa voluntária Responsible Care®, criada no Canadá, em 1984 e atualmente adotada em mais de 70 países, inclusive no Brasil, desde 1992, o setor investe na melhoria contínua do gerenciamento das plantas industriais para aumentar a segurança na produção, dos produtos químicos em todo o seu ciclo de vida e melhorar seu desempenho em saúde, segurança e meio ambiente.

As empresas do setor trabalham para aumentar a eficiência de seus processos produtivos, promovem o reuso de água das chuvas nas plantas industriais, usam subprodutos para a geração de energia e produção de novos produtos, reduzindo a geração de resíduos.

A revalorização dos resíduos por meio do seu retorno ao processo produtivo na forma de matéria-prima faz parte do DNA do setor. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), em 2006, a indústria química nacional reaproveitava cerca de 7% dos resíduos perigosos e 15% dos resíduos não-perigosos, já em 2020, esse índice atingiu respectivamente 74% e 44%.

Os investimentos do setor em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) possibilitam à indústria química criar produtos sustentáveis, feitos com resíduos e materiais provenientes de fontes renováveis, como ésteres graxos ou ácidos graxos de origem vegetal, oriundos de sementes e resíduos do agronegócio, sem prejudicar a produção de alimentos.

Como a indústria química está na base de praticamente todos os segmentos econômicos suas soluções são fundamentais para que as demais indústrias possam atingir suas metas de descarbonização, incluindo o Escopo 3 do GHG Protocol, que considera as emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE) provenientes na origem ou no final da cadeia de valor.

O engajamento do setor é essencial para a transição de uma economia linear para uma circular em que as empresas possam reciclar, reutilizar e eliminar o descarte de resíduos, processo cada vez mais necessário conforme a quantidade de resíduos gerados no país aumenta. Segundo a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), em 2023 foram gerados mais de 80,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos no país, cerca de 5% a mais do que no ano anterior, quando foram geradas 77 milhões de toneladas de resíduos.

Novos produtos para um consumidor mais exigente

A circularidade promovida pelos avanços da indústria química estimula novas oportunidades de negócios por meio do desenvolvimento de produtos sustentáveis, que atendem às novas demandas do consumidor, que busca e está disposto a pagar mais por um produto sustentável. Segundo a pesquisa PwC's 2024 Voice of the Consumer Survey, feita com mais de 20 mil pessoas em 31 países, incluindo o Brasil, mesmo em um cenário de inflação alta, os consumidores estão dispostos a pagar até 9,7% a mais em bens produzidos ou adquiridos de forma sustentável.

Os avanços da indústria química têm possibilitado às empresas criar produtos sustentáveis feitos com resíduos e materiais de base renovável. Atualmente, produtos como o PET podem ter mais de um ciclo de vida, comumente utilizado como embalagem pela indústria de alimentos e bebidas o PET já é reciclado e usado pela indústria calçadista e de vestuário em produtos premium.

Outros produtos da indústria química, menos conhecidos pelo seu nome, mas presentes no dia a dia das pessoas também podem ser reciclados e ter uma "segunda vida", é o caso do poliuretano (PU). A espuma de PU, que está presente em colchões, travesseiros, estofamento de carros, entressola e palmilha de calçados, no isolamento térmico dos refrigeradores, entre outras aplicações, pode ser reciclada e usada para a fabricação de um produto novo.

Os resíduos de PU da cadeia do frio já podem ser combinados a poliol feito a partir de fontes renováveis para a produção de um produto sustentável, que mantém as características de isolamento térmico e acústico de um PU novo e produzido com matéria-prima de origem petroquímica. O produto sustentável já pode ser usado na cadeia da construção civil em portas e painéis termoacústicos.

Compromisso do governo, inciativa privada e população

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010, que tem como princípios fundamentais reduzir a geração de resíduos, implementar sistemas de logística reversa, incentivar a indústria de reciclagem e fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados. E o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), de 2022, que apresenta ações para concretizar a PNRS, são medidas públicas importantes para o desenvolvimento da economia circular.

Mas a mudança da economia linear para a circular só será alcançada com o comprometimento de todos os setores econômicos e dos cidadãos. A efetividade das soluções desenvolvidas pela indústria química depende de toda a cadeia de valor. Para que o setor possa reutilizar resíduos de outras indústrias, essas empresas precisam separar e encaminhar seus resíduos. Quando a separação e o envio dos resíduos formam um processo mais barato do que fazer o descarte adequado é fácil optar pela opção sustentável, mas quando o custo for mais elevado essa escolha pode ser mais difícil.

As parcerias entre as indústrias de manufatura e química são fundamentais para criar soluções de logística reversa, como usar o frete que envia produtos novos à manufatura para trazer os resíduos à indústria química ou reduzir os custos logísticos diminuindo volume dos resíduos. Neste caso, as indústrias químicas podem ceder equipamentos, como prensas, para que seus clientes possam diminuir o volume físico dos resíduos antes de encaminhá-los para o reprocessamento.

O consumidor também tem um papel fundamental para o desenvolvimento da economia circular. Produtos como roupas e calçados foram alguns dos primeiros a utilizar matérias-primas renováveis e recicladas. É importante que o consumidor continue sua busca por produtos sustentáveis também em outros setores como o moveleiro e o automotivo que podem, por exemplo, usar espumas feitas a partir de matérias-primas renováveis; e no setor de imóveis, onde o cliente pode escolher uma residência com portas, painéis e divisórias que usem materiais de base renovável e reutilizados.

O consumo consciente é fundamental para promover o ganho de escala e a manutenção da produção e dos investimentos em PD&I, que possibilitam alcançar uma economia circular perfeita, onde um recurso não renovável permaneça no ciclo econômico de forma contínua, reduzindo a demanda de recursos não renováveis e eliminando resíduos nos processos de produção.

Sobre o Grupo Flexível

Fundado em 1999, o Grupo Flexível é um dos maiores fabricantes nacionais desenvolvedores de tecnologias em poliuretano. Com sede em Jaraguá do Sul (SC) e em Extrema (MG), a empresa fornece soluções para diversos segmentos no Brasil e exporta para outros países da América do Sul. O Grupo também é proprietário da EVO – Soluções Termoacústicas, com sede em São João do Itaperiú (SC), que produz o Bloco e Painel Eco, feitos por 51% de espumas rígidas de PU recicladas e 49% por poliol de fontes renováveis. A inovação faz parte do DNA do Grupo Flexível, que tem um dos mais completos laboratórios do país no segmento, e desenvolve soluções exclusivas e sob medida para seus clientes. Para saber mais, acesse: https://grupoflexivel.com.br/

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Atualizado em: 16/06/2025 15:20

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